FOCO
A vida e as pessoas sempre levantarão coisas comuns, corriqueiras para nos tirar do foco. Algumas vezes, você julgará essas coisas sérias demais para não serem “consideradas”, mas nunca perca seu foco por causa dessas coisas
Talvez, algumas pessoas serão milimetricamente “enviadas” para lhe testar, para verificar seu nível de atenção e concentração, mas se você se determinar e se mantiver firme em suas convicções irá passar pelos testes.
Em alguns casos, algumas coisas, até mesmo lícitas, influenciarão seus sentimentos a sair do caminho proposto por você mesmo e, por vezes, você precisará atentar para as placas que sinalizarão: “Siga em frente”, “Desvio a direita”, “Curva acentuada a esquerda”. Mantenha-se focado e não se desvie da rota.
Focar é colocar toda a sua atenção em algo e ter isso como o mais importante, essencial e inegociável. É acordar pela manhã e perceber sugestões contrárias em sua mente, mas rapidamente se posicionar contra aquilo, permanecendo na posição original, não permitindo que tristeza, saudosismo, dor, amargura ou estresse tenham espaço em seu coração.
De vez em quando sacralizamos certos mitos e vamos repetindo, reproduzindo sem que antes tenham passado por uma análise socrática ou taoísta para vermos o seu “outro lado”.
Ter foco não é qualidade ou mérito por si só – loucos, psicopatas, ignorantes movidos por patologias mentais costumam ter foco, só que quando a loucura é demais chama-se de obsessão.
Dizer que uma pessoa é focada não nos diz absolutamente nada sobre o caráter ou a índole dessa pessoa. Nunca contrataria alguém apenas com essa informação – ao contrário muito foco pode esconder algum tipo de mente absoluta.
A História está cheia de exemplos de líderes cheios de foco, que insistiram em decisões equivocadas, (para não perder o foco), e levaram seus comandados ao desastre e à morte. Saber o que se quer com absoluta clareza nem sempre é virtude. Você conhece alguém mais focado que Hitler, ou que soubesse exatamente o que queria e como queria como Napoleão? Ou Bin Laden?
A nossa sociedade valoriza demais as certezas (tanto é que uma frase, chavão popular, é a resposta “com certeza”), as “atitudes” e com isso vai abrindo espaço para todo tipo de psicopatas e psicóticos que mais que ninguém “sabem com certeza o que querem”.
Líderes fanáticos ou fanatizantes, são pessoas que têm absoluta certeza de suas convicções e podem contagiar quem têm sacos desocupados de certezas. Eles “têm um plano”. Aparentemente alguém com foco, que sabe exatamente o que quer, serve de farol às multidões que vagam nos oceanos das incertezas e dúvidas. E aí mora o perigo. Simular convicção é muito fácil, qualquer um com a mente suficientemente doentia e algum talento histriônico pode fazê-lo.
Lembro-me de um dos meus primeiros empregos como professor de inglês num curso para adultos. O coordenador me deu um conselho de alguém com anos de experiência (eu tinha acabado de fazer dezoito anos): nunca diga em sala de aula: “Eu não sei! Se não souber de algo, dê uma enrolada, muda de assunto, e depois vai checar e volta com a resposta na ponta da língua.” Na minha primeira aula tive a satisfação de poder dizer “Eu não sei, mas vou pesquisar no nosso próximo encontro falamos sobre isso”
Hoje vejo com preocupação que todos estão cheios de suas razões, todo mundo tem foco, ou sonha em ter, como se fosse um relógio de marca ou um penteado da moda.
Mais importante que o foco é a visão lateral ou o raciocínio lateral. Pensar e perceber o panorama geral e computar todos os dados disponíveis dos cenários possíveis e não apenas o “olhar fixo no objetivo” pode ser fundamental para o sucesso de uma tarefa ou missão.
O foco muitas vezes hipnotiza e nos deixa com aquela estranha convicção (muito comum nos políticos) de que tendo fixado a mira, o alvo não nos poderá escapar. Só que muitas vezes nos esquecemos de combinar isso com o alvo ou com as circunstâncias (chamadas também de variáveis) que envolvem a missão.
METAS
Metas de campanhas de incentivo devem atender critérios claros e objetivos, tanto para a empresa como para os colaboradores envolvidos, podendo abranger questões comerciais, de desempenho, qualidade, atendimento e outras relevantes para a empresa no exercício de suas atividades.
O importante ao iniciarmos a definição de uma meta que servirá de base para uma campanha de incentivo é responder duas questões:
A meta é responsabilidade dos colaboradores?
A meta definida faz parte das atividades dos colaboradores, seu trabalho influencia a meta escolhida e a melhora do desempenho trará melhoria consequente nos resultados? Ou a meta é indiferente ao esforço das equipes? Por exemplo, uma meta comercial atrelada ao aumento de visitas comerciais, ou uma meta de qualidade vinculada à melhoria da avaliação de satisfação de clientes no atendimento faz sentido, mas uma meta de negócios atrelada à variação de taxa cambial ou implantação de sistema de gestão não depende do esforço dos colaboradores e não é de sua responsabilidade.
A meta pode ser medida com clareza?
Durante o andamento da campanha, as metas definidas podem ser medidas com clareza, permitindo seu acompanhamento por todos, influenciando positivamente? Ou não é possível acompanhar objetivamente a evolução dos resultados, gerando incerteza nos envolvidos e até falta de credibilidade pela campanha como um todo? Metas comerciais costumam ser mais claras, mas metas de satisfação, melhoria de clima interno e outras menos parametrizáveis podem impossibilitar seu acompanhamento e prejudicar a campanha.
Desta forma, respondendo essas duas questões conseguimos avaliar se a meta pretendida é adequada e contribuirá para o sucesso da campanha planejada.